Me abraça gelada e sombria, finca sobre o meu peito as unhas e se instala
É rotineira, é presença constante
Nos fundimos em um só
Eu já não a olho de lado ou de cima
Quando consigo me esquivar e olho em seus olhos eu vejo um poço sem fundo
A imagem do vazio traz um nada que existe
E que nada em mim, na mente e no peito
Por vezes, quando chega a noite, eu posso ouvi-la falar
Me diz coisas que não gosto de ouvir, mas nunca me diz o que quer ou porque veio
Quero que ela se vá
Nem que seja por um momento, gostaria de novamente saber como é andar só
Ir na esquina, sair do banho...
Já não lembro como é olhar o céu e tentar me perder no movimento das nuvens de mente vazia
Sou fisgada rapidamente pelo incômodo que ela dá
Minha angústia sou eu
Sou ela
Coexistimos nós
Nenhum comentário:
Postar um comentário
blog aberto a comentarios ;)